domingo, 31 de agosto de 2008

ENENEM

(Exame Nacional Evangélico Neófito de Ensino Medíocre)

1 – Grupo surgido nos anos de 1970 com acampamentos para jovens.

a) Jovens da Verdade
b) Jovens da Convicção
c) Jovens de perna-curta
d) Jovens de verdade


2 – Grupo de música gospel surgido em Belo Horizonte:

a) Atrás do Trono
b) Diante do Trono
c) Do Lado do Trono
d) Eu Que Não Me Sento no Trono De um Apartamento Com a Boca Escancarada Cheia de Dentes

3 – Comunidade evangélica neopentecostal fundada em brasília:

a) Sara Nossa Terra
b) Trata Nossa Água
c) Cura Nosso Fogo
d) Purifica Nosso Ar

4 – Mega Igreja Evangélica de Belo Horizonte:

a) Igreja Batista da Lagoinha
b) Igreja Batista do Riozinho
c) Igreja Batista do Encapelado Mar
d) Igreja Batista da Areia Movediça

5 – Grupo musical do início da década de 1970:

a) Grupo Argola
b) Grupo Elo
c) Grupo Algemas
d) Grupo Prisão Domiciliar

6 – Músico Evangélico:

a) Guilherme Kerr
b) Guilherme Desejaa
c) Guilherme Solicitaa
d) Guilherme Kerr-Mass-Quee-Deuss-Façaa-aa-Suaa-Vontadee

7 – Pastor de uma grande igreja pentecostal no Rio de Janeiro:

a) Silas Malafaia
b) Muller Malafaia
c) Silas Mala-sem-alça-faia
d) Silas Pochete-não-faia

8 – Igreja de São Paulo que não sai da TV não importa a hora que você ligue:

a) Igreja Internacional da Graça de Deus
b) Igreja Gremista da Graça de Deus
c) Igreja Grenal da Graça de Deus
d) Igreja Time-e-religião-não-se-discute da Graça de Deus

9 – Igreja pentecostal baseada em quatro fundamentos:

a) Igreja do Evangelho Quadrangular
b) Igreja do Evãgélico Quadrado
c) Igreja do Evangelho Trapezoidal
d) Igreja do Evangelho cuja soma dos quadrados dos catetos é igual ao quadrado da hipotenusa

10 – Igreja dos surfistas:

a) Bola de Neve
b) Bola de Gude
c) Bolinhas de Neve no Céu com Diamantes
d) Pé Grande

11 – Movimento evangélico que perturba o trânsito em Sampa:

a) Marcha pra Jesus
b) Câmbio pra Jesus
c) Ré pra Jesus
d) Ponto Morto pra Jesus

12 – Autor de Confissões de um Pastor:

a) Caio Fábio
b) Caiu Fábio
c) Tropeçou Fabio
d) Tudo-Bem-A-Graça-Taí-Pra-Isso Fábio

13 – Apóstola e pregadora da teologia da prosperidade:

a) Valnice Milhomens
b) Valnice Trilhomens
c) Valnice Homens-a-dá-com-pau
d) Valnice Palmitomens

quinta-feira, 28 de agosto de 2008

Um palíndromo

RODEIO: BOI E DOR.

quarta-feira, 27 de agosto de 2008

Haicai

Haicai, mas levanta,
nem outono me abata;
sei que hei de vã ser.

segunda-feira, 25 de agosto de 2008

Luta greco-romanus


Em Contos de Mulheres...

Ah se eu fosse mulher... Só com meu lado feminino não me deixaram fazer inscrição.

domingo, 24 de agosto de 2008

Emos também amam


quinta-feira, 21 de agosto de 2008

Aliterações Biográficas

Alexandre aleijado alega achar alento no chão.
Almir armou amor, mas amargou.
Arnaldo que de noite nada e que de nada adianta.
Augusta de angustia e agouro agora agonia.
Armaram armadilha no armário da mãe do Mário.
Aparecido apareceu pálido de pele e de peito.
Carlos carrega curiosa casa nas costas.
Décio desceu decepcionado degrau da catedral.
Disseram que o Dilson adora Deus descalço.
Diana é dama, mas um dia na droga dá um drama danado.
Davi duvida da vida que Deus dá.
Elenice elegeu-se elegante e alienada.
Francisco cisco franzino e só.
Hildebrando driblando o bando debandou.
João julgado joio jogou-se do Chá.
Luís logrou alegria no litro.
Marta sem meta meteu-se em morte.
Mauro não é mau, mas mora mal.
Maria morava onde minava mar.
O peito de pato no prato preto de Pedro é pedra.
O agaivê agarra Ivete que inverte as vestes.
Roubaram a rota roupa do Roberto na rua.
Silvio se viu salvo da surra só não da sua sina.
Telma temia tudo e todos.
Naldete na noite, Dionízio de dia, Gil com a gente.
Em Cristo Cleuza creu e curou a crise.
Amélia melhorou.
Naor não.

Dedicado aos trecheiros (morador de rua); também à minha mulher, pela luz que lhe pertence de descobrir e cobrir almas - Maio/99

quarta-feira, 20 de agosto de 2008

domingo, 17 de agosto de 2008

Quem seria?

Filho de judeus.
Influenciado por três culturas.
Foi advogado.
Foi para o sanatório após a primeira relação sexual.
Depois teve vários casos amorosos e não se deu bem em nenhum.
Quase casou por três vezes.
Segundo Theodor Adorno, até "as deformações em sua obra são precisas".
Morreu num sanatório.

quinta-feira, 14 de agosto de 2008

Zona da Reforma - Não confunda Sala do Conselho com Gole do Carvalho

ca FÉ com LEI te (9)

?ergunte ao ?astor
105. De onde era natural São Francisco de Assis?
106. Pratica o panteísmo quem acredita no que diz a rádio Jovem Pan?
107. Se a palavra tem poder, por que a letra é morta?
108. Uma igreja fundamentalista é construída apenas com madeiras de lei?
109. Quem aspira as coisas do alto está limpando o teto de casa?
110. Que igreja possui o recorde de lançamento de pedra fundamental?
111. O Saltério é a coleção de hinos que devem ser entoados saltando ou apenas por aqueles de salto alto?
112. A cúria romana é o órgão no Vaticano que trata das pessoas doentias?
113. Num blog não cristão só há post ídolos?
114. Um rei tirano é o que tira dos outros?
115. O japonês cristão é o aji-no-moto da terra?

terça-feira, 12 de agosto de 2008

Revista greja (2)

domingo, 10 de agosto de 2008

O d i a d o s pais

Odiados pais...
Como de Cartola
que não o viu mais;
logo foi embora.
Como de Kafka,
tipo castrador;
nem alma fica.
Fica trauma e dor.
Odiados pais;
pai de Mahler
como outros tais
batem na mulher.
Por causa do pai
sofreu Dostoievski
da culpa que não sai:
castigo sem crime.
E para Tennessee,
que pai o esperava?
O que não tem em si
nem carinho nem arte.
O pai de Winehouse,
mal ela nascera
arrumou companheira
e por fim outra casa.
Odiados pais...
Pais que nunca existiram,
cujos filhos vagueiam,
comuns e infames.
Lixeira das mazelas do mundo.

sexta-feira, 8 de agosto de 2008

Quem seria?


Filho de pastor.
Gastou boa parte do seu tempo traduzindo a Bíblia.
Reprovado na Universidade de Teologia.
Fracassou também nos estudos na Escola Missionária Protestante.
Mesmo assim foi missionário entre mineiros.
Era chegado na prima.
Gostou de uma prostituta, mas o pai abominou a idéia.
A família também o impediu de namorar a filha de uma vizinha. A coitadinha tentou se matar.
Chegado em absinto.
Deu ouvidos a uma prostituta e morreu de tristeza.

quarta-feira, 6 de agosto de 2008

Amo Amy



O que me deixa puto mesmo – desculpem, talvez “indignado” seria melhor palavra e caberia melhor a um bom cristão (o que não sou) - é como a sociedade se alimenta da carniça do outro como dieta para se sentir saudável. Urubus que acreditam que o que está em decomposição faz bem à cútis. Vermes que devoram por dentro, deixando oca a vida de qualquer um que tenha caído, deixando-a sem passado, sem história, sem memória... Acreditam que assim suas reputações ganham rigidez, tal qual fica rígido o abdômen de alguém de tanto “malhar”.
Tem circulado através de e-mails pelo mundo inteiro, fotos da cantora e compositora londrina Amy Winehouse, ganhadora de cinco Grammy Awards, onde se exibe a transformação decadente, que julgam ser física e moral, que sofrera nos últimos meses.

Graças a Deus, já não encaminham para mim essas coisas. Vejo na máquina de colegas que me mostram. Tento dizer a eles que a tela do monitor é um espelho... Nada respondem. Irritado, digo que é fácil acabar com a vida de alguém hoje, espalhando fotos, ignorando fatos... Aí começo a criar um clima; desfavorável. Digo que nós precisamos dessas imagens para nos sentir melhor, que quanto mais ela estiver suja, detonada e louca, mais nos acharemos limpos, irrepreensíveis e sãos... Nesse momento os caras já dispersam, uns, na boa, se revoltam comigo, mas cada um volta pro seu trabalho... Sinto-me como um peido: o que desfaz qualquer roda de conversa.

Engraçado que todos – especialmente os cristãos - acham lindo aquele episódio narrado no Evangelho segundo S. João, em que levaram a Jesus uma mulher flagrada em adultério e como todos que a queriam condenar ficam desconcertados com uma única frase do Mestre. Todo mundo conhece. Que lição ficou para a humanidade! Só que continuamos com o mesmo jeito de ver as coisas e pessoas. Hoje não apedrejamos, mas temos a mídia, os e-mails, que são bem mais doloridos e penosos que pedras, pois matam mais devagar. Muitas vezes, o que é bem pior, alguém é assassinado sem morrer.

Como não tenho a paciência e a inspiração de Jesus, de ficar escrevendo na areia enquanto o teatro da hipocrisia se manifesta, vou soltando os cachorros e os demônios pra cima de todo mundo. Como nada disso tem a força de uma só palavra dEle, a única coisa que consigo é ganhar a antipatia de muitos. Só não sou crucificado porque também tenho meus mecanismos – hipócritas – de defesa e nem sou, ainda, tão louco e tão corajoso assim. Quem sabe um dia.

Chega de falarmos que Deus ama o pecador mas odeia o pecado. Pregamos isso porque só sabemos fazer separar pessoa de pecado. Deus ama o pecador, e pronto. Deus ama Amy, e ponto.

terça-feira, 5 de agosto de 2008

O Mundo é Um Moinho (mesmo)


Cartola com seu pai.

Aflicção Científica

Num tempo em que já se faziam serem humanos em série e a ciência norteava as ambições, desnorteados e aflitos ficaram cientistas que conceberam pais.
Contratados pelo governo de um país do primeiro-mundo, – agora se entendia melhor esse título: queriam o mundo primeiro para eles – tais cientistas tiveram as maiores boas intenções - de boas intenções esses países estão cheios... Acreditavam que uma sociedade feita de famílias sob o jugo de um pai vigoroso, decidido, pertinaz, objetivo, seguro de si, assertivo, calmo, persuasivo, competente, religioso, responsável, honesto, fiel e outras tantas virtudes mais, que coubessem num chip, seria uma sociedade exemplar. Teriam então, a raiz para estruturação ideal de toda civilização: um país de pais pré-concebidos. Pré-con-sabidos.
Juntou-se tudo o que se tinha de melhor: biografias invejáveis; todas as reconhecidas obras sobre educação, pedagogia, psicologia, filosofia, tratados de auto-ajuda, milhões de dados técnicos juntamente com resultados de experiências entre famílias; e não esqueceram também das religiões e tudo de bom que cada uma delas tinha a dizer. Nada fora esquecido, para que, ao se processar tudo nesse liqüidificador mágico-científico, num futuro mais que perfeito, oferecessem à humanidade, perfeitos pais.
A primeira série de pais ficara pronta e foram apresentados para o mundo num grande congresso. Foram sabatinados e aprovados em todos os itens: como agir diante de birras; como convencer uma criança de seis anos a largar a chupeta; o que aconselhar para a menina que começa namorar; como se portar diante dos amigos dos filhos, como impor limites, quando dizer não, quando dizer sim, como não por a culpa na mãe e assim por diante.
Em larga escala, esses protótipos de pais começaram a ser produzidos e até exportados. Não importava a cultura de qualquer que fosse a nação e lá estava o pai-padrão. Era uma questão de tempo agora, para que se observassem os progressos e efeitos benéficos nas sociedades.
Passaram-se alguns anos e tudo corria bem com aquelas famílias de pais-padrão... Muito bem. Bem demais. Tudo muito equivocadamente perfeito foi o que se leu num relatório elaborado pelos gestores do projeto. As coisas estavam andando dentro de uma normalidade anormal; uma paz impertinente. Os bebês não choravam; o garoto não caía da bicicleta, nem, quando mais velho, brigava jogando futebol. Irmãos não discutiam na mesa do jantar, nem reclamavam da comida. Meninas não escreviam nada de seus conflitos, pois nem diário nem conflitos tinham. Nem choravam por paixão alguma. Filhos sem erros sem machucados; moleques que não sujavam roupa; não levavam broncas. Crianças sem criatividade, sem surpresas, sem sonhos... Nem aquele aperto no peito, que noutros mundos não sabiam o nome e que martirizavam pessoas quando distantes de seus queridos (saudades), nem a isso sentiam aqueles pais.
Um recall foi anunciado para troca averiguação, mas já era tarde demais. Alguns pais foram devolvidos à matriz do invento, acompanhados de ações contra aquela empresa daquele Estado, cobrando “ressarcimento dos transtornos pelo excesso de bem causado por tais pais às famílias...”.

Houve sim, notícias de uma família, sabe-se lá em qual desses países fora da nova-ordem, e que estavam realmente satisfeitos com seu pai. Isso em virtude de um defeito que apresentou, ou um “pau” no seu sistema central, que o levou a amar. Amou sua mulher e filhos. Constavam também das informações que chegou a se irritar com sua filha que não saía do Orkout (um Orkut mais avançado que dispensava teclado). Na época, por causa desta falha, a notícia foi abafada pela Cia de seguros da Empresa que gerou os seres. O mundo nunca soube que alguém fora feliz com um daqueles pais; nem os próprios cientistas perceberam o sucesso da falha, escapando-lhes a grande descoberta de que a vida jamais caberia num chip.

domingo, 3 de agosto de 2008

sexta-feira, 1 de agosto de 2008

Amem. Amém.

De tudo que há para se dizer amém,
certamente o que nos move a amar
é o que se deve perseguir, e convém
que se desprenda do muito clamar.
Não precisamos de mais nada.
Nada nos pode deixar em paz,
nem o choro nem a risada,
horizonte, o essencial e fugaz.
Você não precisa de um deus,
nem precisamos de um sonho.
Não precisamos dos ateus,
nem de um rito enfadonho.
De tudo que dizem necessário
e que só faz escoar pelos ralos,
dos verbos e dos predicados,
só preciso do amor e de amar.
Você não precisa da Veja.
Você não precisa da Net.
Você não precisa da igreja...
E nem precisa dar certo.
Você não precisa de auto-ajuda,
não precisa vencer,
nem vir a ser,
estabelecer...
Nem de família nos porta-retratos,
se o amor se desprende dos atos...
Nem de amigos aos montes, Orkut,
se não curtes afeto, abraço.
Não preciso carregar tralhas,
nem falhas ter que preencher.
Sem amar e sem amor, vou ser
eu próprio uma fenda no mundo.
Se a uma coisa só devesse me agarrar,
como quem ao filho do abismo salva,
e se do amor fizesse corda e aljava,
dele e só dele não me deixaria esgarrar.
De tudo o que seja imprescindível,
- não como uns barcos de papel
que, encharcados do tempo pesado,
vêm-se desmanchar e naufragados
- fica só o só amor impermeável.
Você não precisa de sabedoria,
pasmem, nem da poesia.
Quebram-se em mil letrinhas
se do vaso se entorna o amor.
Não precisamos do silêncio,
da paz ou da solidão.
Segurança da experiência,
amuleto da oração.
Não precisamos de irmão.
Mito, guru, padre, pastor...
Se da fé se exorciza o amor.
De onde vem que nos seja dado,
emergir do oceano das vaidades
sem a nenhum amor estar agarrado?
De tudo o que se deve temer,
e que tornam desveladas as noites,
habitar-se num’alma sem amor,
será e é meu querido e único algoz.