sábado, 22 de janeiro de 2011

Como o não-evangélico traduz as coisas do evangélico (9)

Buscai ao Senhor.

Suruba de renas




Natal é isso aí em cima.
Tirei essas fotos porque achei patético e escrevo só agora porque sou retardado, se não de todo, tenho algum comprometimento na percepção das coisas. Até isso demorei em perceber...

Mas o tema aqui é natal. Já vou dizendo que não é um texto de lamentações: de como o natal perdeu seu sentido; como tudo virou comercio; essas ladainhas que também já se tornaram tão chatas de ouvir todo ano, como os shows do Roberto na Globo.

Essas imagens mostram o espírito do natal.
A estrela guia caída no chão é o fim de uma referência. Ninguém mais precisa de guia. Todos têm GPS – aqueles de carro, eu ainda não; mas não só os de carro, um interno, instalado no nosso consciente e que às vezes conflita com o inconsciente. Então, desde a hora em que acordamos, ouvimos aquela voz que diz exatamente o que temos a fazer, rumos a tomar, rumos a não tomar principalmente... Se você ousa não obedecer a essa voz, cai num verdadeiro engarrafamento de culpa. É assim. Já mapearam nossos trajetos para nós a fim de alcançarmos objetivos. Quem é louco de seguir uma estrela incerta num céu escuro e de destino incalculado?
É assim, a vida da gente está cada vez mais chata na mesma medida em que está cada vez mais no caminho certo.
Seguir o caminho da estrela é qualquer coisa menos o caminho da vida bem delineada, porém insossa; caminho seguro, porém medíocre.

O papai Noel deitado é o escárnio da bondade. O bom velhinho, símbolo do natal, rola de rir e peida pro mundo. Natal é isso, um velho com flatulência, aposentado e ganhando uns trocos tirando fotos com crianças desiludidas.

A suruba de renas são os acidentes ecológicos produzidos por alguém que dirige o mundo embriagado. E o que isso teria a ver com o natal? O mesmo que esses chifrudos voadores, nada.
Se a extinção dos dinossauros se deu com o impacto de um meteoro na terra, a extinção do natal se deu, paradoxalmente, com o impacto da estrela guia, fazendo nascer o primeiro e único natal, extinguindo todos os demais. Logo, natal só houve um, não existe mais.
Meu caro leitor, podes estar pensando, nossa, quanta asneira... É isso mesmo, asneira esse natal aí. (mas asneira vem de asno; melhor dizer reneiras).

quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

Um palíndromo

A FARRA GERA BAR E GARRAFA