segunda-feira, 30 de abril de 2012

Considerações de um pessimista


Não importa a cor do sabão, a espuma é sempre branca.
Não importa a tecnologia do relógio, o tempo é sempre implacável.
Não importa a fineza da comida, o intestino é sempre grosso.
Não importa as surpresas do destino, o pobre sempre sofre.
Não importa o dia lindo de sol, a noite sempre vem.
Não importa o tamanho da família, a alma é sempre só.
Não importa a ética de um político, o poder é sempre cínico.
Não importa a beleza de um sapato, sempre o converterei no meu modo de andar.
Não importa o tamanho do bicho, o susto é sempre grande.
Não importa o tamanho da biblioteca, a ignorância sempre é maior.
Não importa o que se procura, a gente só acha quando não quer mais...

quarta-feira, 25 de abril de 2012

Dica do Dr. Tinho

No último sábado, o Dr. Tinho (Especialista em divertirculite) foi visitar na UTI da Ortopedia do HC, a Eliana Zagui.
Ela mora lá. Isso mesmo, há 36 anos.
Ela escreveu esse livro aí. Se você comprar, Dr. Tinho leva pra ela autografar.

Sinopse:
O que você faria se sofresse de paralisia do pescoço para baixo desde a infância, morasse em um hospital e visse seus pais no máximo duas vezes por ano?
E se durante muito tempo seu único contato com o mundo exterior fosse por meio de um aparelho de TV? Como reagiria caso ouvisse os médicos que cuidam de você dizer que não sobreviveria à adolescência? Muitos iriam se entregar. Eliana Zagui decidiu viver.
Vítima de poliomielite por volta dos dois anos de idade, Eliana chegou ao Hospital das Clínicas de São Paulo em janeiro de 1976.
Depois de dois dias vagando em busca de um diagnóstico em hospitais do interior, seus pais ouviram que a menina contraíra paralisia e tinha pouco tempo de vida.
Sem recursos, foram salvos pela dedicação de uma enfermeira e pela carona de um fazendeiro generoso.
A viagem até São Paulo, feita às pressas, foi incapaz de compensar o tempo perdido. O vírus da pólio havia comprometido a musculatura de Eliana do pescoço aos pés.
O diafragma também fora afetado. Ela foi levada ao pulmão de aço, máquina que exerce pressão negativa sobre o tórax para facilitar a respiração.
O resultado, insatisfatório, condenou Eliana a usar o respirador artificial para sempre. A UTI do Instituto de Ortopedia e Traumatologia tornou-se sua casa desde então.